ATA DA QUADRAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 09-5-2012.
Aos nove dias do mês de maio do
ano de dois mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos,
foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Carlos
Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro
Comassetto, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste,
Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sebastião Melo e Tarciso Flecha Negra.
Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Goulart, Fernanda
Melchionna, Idenir Cecchim, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir
Tessaro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Toni Proença, Valter Nagelstein e Waldir
Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 067/12
(Processo nº 0792/12), de autoria do vereador Airto Ferronato; e o Projeto de
Lei do Legislativo nº 043/12 (Processo nº 0585/12), de autoria do vereador
Idenir Cecchim. Após, foi apregoado o Ofício nº 396/12, do senhor Prefeito,
informando o cancelamento de viagem a Brasília anunciada por Sua Excelência por
meio do Ofício nº 390/12, apregoado no dia sete de maio do corrente. Também,
foi apregoado o Memorando nº 036/12, de autoria do vereador Engenheiro
Comassetto, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para
representar externamente este Legislativo, nos dias três e quatro de maio do
corrente, para participar do II Diálogo Federativo Rumo à Rio + 20, em Brasília
– DF. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação, emitidos nos dias dezenove e vinte e três de abril do corrente.
Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Vigésima Sétima, Vigésima
Oitava e Vigésima Nona Sessões Ordinárias, da Sétima Sessão Extraordinária e da
Quarta, Quinta, Sexta e Sétima Sessões Solenes. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se a vereadora Maria Celeste e os vereadores Paulinho Rubem Berta,
Nelcir Tessaro, Luiz Braz, Beto Moesch, Engenheiro Comassetto, Airto Ferronato
e Idenir Cecchim. Às quinze horas e quatro minutos, constatada a existência de
quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado
o Projeto de Lei do Legislativo nº 013/12 (Processo nº 0284/12), após ser
discutido pelos vereadores Waldir Canal e Engenheiro Comassetto. Em Votação,
foi aprovado o Requerimento nº 041/12 (Processo nº 1111/12). Em Discussão Geral
e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 186/11 (Processo nº
3560/11), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Engenheiro
Comassetto, Valter Nagelstein, Kevin Krieger, Carlos Todeschini, Tarciso Flecha
Negra e João Antonio Dib. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do
vereador Sebastião Melo, solicitando o adiamento, por cinco Sessões, do Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 014/11 (Processo nº 4036/11). Após, nos
termos do artigo 94, § 1º, alínea “f”, do Regimento, o senhor Presidente concedeu
TEMPO ESPECIAL ao vereador Elias Vidal. Às quinze horas e cinquenta e quatro
minutos, senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, 1ª Sessão, estiveram o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 010/12, discutido pelo vereador Bernardino Vendruscolo, e os
Projetos de Lei do Legislativo nos 063, 068, 071 e 060/12, este
discutido pelos vereadores Professor Garcia, Márcio Bins Ely e Bernardino
Vendruscolo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Waldir Canal. Durante
a Sessão, os vereadores Sebastião Melo, Luiz Braz, Paulinho Rubem Berta e João
Antonio Dib manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Ainda, foi registrada
a presença, neste Plenário, do senhor Christopher Goulart. Às dezesseis horas e
vinte e quatro minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão
Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelos vereadores Mauro Zacher e Haroldo de Souza e secretariados pelo vereador
Carlos Todeschini. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza;
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste, especialmente os
jovens que estão aqui esperando a votação de um Projeto bem importante, de
autoria do Ver. Waldir Canal; também quero cumprimentar a comunidade do
Mocambo, que está aqui reivindicando a memória de um importante movimento no
espaço cultural na nossa Cidade. Sejam-vindos.
Quero
trazer a argumentação do Partido dos Trabalhadores em cima do que nós temos
presenciado nas plenárias do Orçamento Participativo da Cidade. Referindo-me
àquilo que nós, reiteradamente, temos denunciado nesta Casa, quanto ao total
desmonte do Orçamento Participativo, do uso político-eleitoral do próprio
Orçamento constituído, um dos melhores instrumentos da participação popular da
nossa Cidade, construído ao longo da história. Verificamos, ao participarmos
das plenárias, que, lamentavelmente, o uso político-eleitoral se estabeleceu
efetivamente nas plenárias do OP, especialmente neste ano, que é um ano
eleitoral.
Conversava
sobre isso, Ver. João Bosco, inclusive com o Secretário Cezar Busatto, que tem
a mesma avaliação, Ver. João Bosco: o processo estabelecido no Município de
Porto Alegre, do Orçamento Participativo, lamentavelmente, está sendo um
processo apenas político-eleitoral. E digo isso porque as demandas não estão
sendo atendidas, não foram atendidas ao longo da história, mas o que o Prefeito
colocou como priorização foi o atendimento às demandas anteriores - e quando
ele anunciou isso, com pompa, na Cidade, nos deixou muito alegres, nós, da
oposição, quando o Prefeito priorizou o Orçamento Participativo -, mas,
lamentavelmente, na prática, isso não aconteceu, porque nenhuma das demandas de
2011 foi efetivamente realizada no Orçamento Participativo. E nós,
lamentavelmente, vamos para uma plenária, como fomos na plenária do OP da
Região Norte – quero citar aqui especificamente este caso –, onde os Vereadores
desta Casa que têm trabalho na Região foram atacados. Foram atacados por
lideranças do próprio Governo; por pessoas que ocuparam ou ocupam cargos de
confiança. E fala nesta tribuna a Vereadora que foi extremamente atacada
naquela plenária, mas soube que os Vereadores Mauro Pinheiro e Paulinho Rubem
Berta também foram atacados de forma inadequada naquela plenária do OP,
especialmente na Região Norte da cidade de Porto Alegre.
Nós
não podemos deixar que um instrumento importante e potente como o Orçamento
Participativo seja destruído como está sendo! Há manipulação das inscrições
para intervenções, não deixando, intimidando as pessoas que querem ir lá falar
das questões da cidade de Porto Alegre. Só pode falar quem vai elogiar; quem
vai lá reclamar não pode falar.
O
Ver. Todeschini estava lá e acompanhou pessoalmente o que aconteceu no OP da
Norte. Lamentavelmente, Ver. Todeschini, há manipulação das chapas no OP da
Norte: houve uma determinação do Governo para que não houvesse disputa de
chapas, tendo, inclusive, a intimidação e a retirada de uma chapa organizada
pelo próprio CAR da Região. Teve que ser retirada.
Então,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu estou muito preocupada. Tenho notícias
de que nas outras Regiões do OP isso também acontece.
Agora,
esta Casa tem que se posicionar, porque nós não podemos compactuar com o ataque
vergonhoso de CCs do Governo aos Vereadores desta Casa!
Eu
estou encaminhando – e já tive essa uma conversa com o Secretário Cezar Busatto
– um Pedido de Informações da Câmara Municipal sobre esse ataque pessoal aos
Vereadores, questionando se quem o fez ainda é CC da Prefeitura Municipal,
porque se apresenta nas vilas como representante da Prefeitura, ameaçando,
inclusive, as comunidades da Zona Norte no que diz respeito ao seu interesse
eleitoral particular.
Portanto,
deixo aqui o meu desabafo e chamo a atenção para a nossa responsabilidade,
enquanto Vereadores da Cidade, com o Orçamento Participativo. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Saudamos os jovens que se encontram na
Casa do Povo à espera da votação de um Projeto de Lei que institui o Dia da
Consciência Jovem, proposição do Ver. Waldir Canal. Saudamos também os nossos
queridos amigos do Patrimônio Cultural do Município de Porto Alegre e da
Mocambo,
Associação Comunitária Amigos e Moradores do Bairro Cidade Baixa e Arredores.
Sejam bem-vindos. Daqui a pouquinho entraremos na Ordem do Dia para atender às
suas reivindicações.
O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Srs. Vereadores e
Sras. Vereadoras; quero saudar todos os da plateia, é um orgulho tê-los aqui;
saúdo todos que nos escutam.
A Ver.ª Maria Celeste esteve nesta tribuna para
comunicar um fato gravíssimo. E ele é grave porque, quando se ataca um Vereador
sem que este possa ter, no mínimo, a chance de defesa, isso é uma covardia.
Isso é uma covardia!
Os Vereadores vão às reuniões do Orçamento
Participativo, sejam eles da situação ou da oposição, para engrandecer o
Orçamento Participativo, para dar força e para reforçar as lideranças
comunitárias de Porto Alegre.
Fui Conselheiro do Orçamento Participativo, fui
Delegado do Orçamento Participativo. A minha Região tem lá, junto com os meus
companheiros comunitários, muita luta; muitos dos investimentos foram
conquistados pelo conjunto de lideranças comunitárias dentro do OP, com seus
Delegados, seus Conselheiros, com a sua organização.
Enfim, é muito triste e muito difícil para eu
ter que vir a este microfone dar uma resposta a um cidadão que está trabalhando
com um pré-candidato, que eu acredito que não o tenha instruído, que se diz
líder comunitário, ataca Vereadores e ataca também um Vereador que está todos
os dias nesta Câmara, um dos que menos faltaram nesta Casa durante esses três
anos e pouco, trabalhando pela comunidade. Sou um líder comunitário, cobrador
de ônibus, e não me envergonho, e vem um cidadão dessa forma, dizendo que é
base do Governo. Para mim, quem ataca o Governo pelas costas não é base coisa
nenhuma! Intitulando-se e querendo mandar no CAR da Zona Norte! Não manda em
lugar nenhum! Esse cidadão tem que respeitar os Vereadores que foram eleitos
pela população. Ele não pode usar o Orçamento Participativo dessa maneira para
bater em Vereador sem que os Vereadores tenham, pelo menos, a chance de se
defender. Na minha opinião, todo o covarde se esconde atrás de alguma coisa, e
ele está escondido atrás do Orçamento Participativo.
Nós sabemos, sim, quem vai ser o Vereador mais
votado desta Cidade. Não precisa perguntar para ninguém, todo mundo sabe, quem foi no
OP da Região do Sarandi, na Zona Norte, que pegou algum panfleto na mão. Olhem
e vocês vão descobrir quem será o mais votado! É merecido? Eu acho que é, tenho
a certeza que é! Agora, não precisa usar de artifícios para atingir os
Vereadores! Eu gostaria que esse cidadão tivesse a coragem de reafirmar o que
está dizendo, porque existe justiça neste País, nesta Cidade!
Gostaria de fazer um apelo ao Secretário Cezar
Busatto, ao Prefeito José Fortunati e ao senhor, meu Líder nesta Casa: os
Vereadores estão sendo enxovalhados por um cabo eleitoral, que está ganhando
para isso, para ir ao Orçamento Participativo e, por tabela, bater no Governo,
dizendo que é Governo, e não é! Esse cidadão não é! Esse cidadão tem que
respeitar! Jamais vou ofendê-lo! Jamais vou ofender alguém! Agora, se ele está
trabalhando para um pré-candidato, que faça o trabalho dele e não venha atacar
quem já conquistou mandato na urna, que conquistou da população! Eu tenho certeza
absoluta de que nem o núcleo central do Governo está sabendo disso.
Ele quer mandar no CAR; ele manda em todo lugar;
ele quer mandar: “Tu estás proibido de entrar na Asa Branca; tu não podes
entrar na Jenor Jarros!”. Está reunindo lideranças para atacar Vereadores, para
fechar a área, como se Porto Alegre tivesse que ter curral eleitoral! O voto é
secreto. Quando chegar a eleição, cada um que vote com a sua consciência.
Eu tenho orgulho de ser líder comunitário! Se
tem alguém que conhece vilas, sou eu! Eu sei onde o esgoto corre a céu aberto!
Eu sei quando falta remédio numa unidade de saúde! Eu sei quem está
desempregado! Eu sei quem está sem alimento em casa! Eu sei onde falta creche!
Porque eu amasso barro! E não é de agora: são 30 anos de trabalho nesta Cidade!
E estou no meu primeiro mandato! Liderança comunitária também respeita, e não é
isso aí! Isso eu não vou chamar de liderança comunitária! Aproveitador jamais
será uma liderança comunitária! Muito obrigado, e me desculpem eu ter que dizer
isso, mas é uma verdade!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. SEBASTIÃO
MELO:
Presidente, eu apenas quero dar uma informação. Eu fiz uma proposição à
Comissão de Justiça, que foi acolhida pelo Presidente Braz. Na semana vindoura,
mais precisamente na terça-feira, vamos ter aqui uma grande Audiência Pública
para tratar sobre as concessões dos taxistas. É uma matéria da qual esta Casa não pode fugir. Esta
matéria tem um parecer do Tribunal de Contas, do Ministério Público; está
criando uma grande cizânia na categoria, e esta Casa tem que se manifestar
sobre este tema. Então, eu queria informar que eu sugeri e, muito gentilmente,
o Presidente da Comissão de Justiça aceitou essa proposição.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza,
como Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, acatando esse pedido do
Ver. Sebastião Melo, nós já convidamos o Ministério Público. Convidamos também
representantes da categoria e estamos convidando todos os Srs. Vereadores para
nos reunirmos com os taxistas na próxima terça-feira, às 10h, para discutirmos
exatamente esse problema das licenças dos taxistas e os problemas que eles
estão vivendo, já que eles anunciam uma greve para o dia 21. Nós queremos
conversar com todos eles e dar oportunidade a todos os Vereadores de estarem
presentes.
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Ótimo, Vereadores Luiz Braz e Sebastião
Melo; estamos todos empenhados nesse assunto que é muito importante para a
Cidade.
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr. Presidente, em cima do mesmo tema que
os Vereadores colocaram aqui, sobre os táxis de Porto Alegre. Só para
esclarecer, ontem, das 22h à meia-noite, tivemos uma entrevista com o João
Garcia, na rádio Bandeirantes, onde estavam presentes os coordenadores do
Aspertáxi. Foi convidado também o Sr. Nozari, Presidente do Sintáxi. Na
ocasião, em nome dos companheiros da CUTHAB, nós sugerimos uma Audiência
Pública com a presença de todas as partes, para discutirmos isso e não
chegarmos ao extremo de uma greve, dia 21, como está sendo noticiado na imprensa.
Essa greve não vai prejudicar nem o Ministério Público, nem esta Casa; vai
acabar prejudicando o cidadão de Porto Alegre que precisa desse transporte.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. NELCIR TESSARO: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza;
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste. Agradecendo o meu
Líder, Ver. Tarciso, pela cedência do tempo de Liderança do PSD, eu venho a
esta tribuna para falar sobre três assuntos. Primeiro, eu quero me alinhar a
todos os depoimentos que foram feitos aqui, anteriormente, a respeito das
reuniões do OP. Lamentavelmente, as últimas reuniões do OP foram direcionadas a
um candidato a Vereador. Não foi de um Partido, mas de um candidato a Vereador
da Capital, com aval do GPO, que agrega os CCs para lá estarem e promover as
inscrições, mas quando as pessoas, as lideranças daquela comunidade querem
falar, afirmam ter chegado ao número limite, e não têm espaço para se
inscreverem. Eu acho que Orçamento Participativo é para participação popular,
para participação do povo, e não para participação dos CCs, que não podem fazer
o que estão fazendo. Eu tenho absoluta certeza de que o Prefeito Fortunati não
está sabendo disso, porque ele chega à reunião do OP quando já está organizado,
e não dá tempo de ele tomar conhecimento. Conheço a índole do Prefeito, e ele
não admitiria tal situação, tenho absoluta certeza. Isso tem que acabar, não
pode continuar da maneira como está, como o senhor bem sabe, Ver. Paulinho
Rubem Berta, como acontece na Noroeste. E, agora, será no Eixo Baltazar, onde
será difícil controlar essa situação. É lamentável! Nós temos que tomar uma
posição, fazer uma revisão e ver se, realmente, esse modelo pode ou não
continuar.
Gostaria
também de falar sobre outra situação da qual tomei conhecimento hoje, pela
manhã. Foi entregue, na Restinga, o Loteamento Jardim Paraíso, onde há 500
apartamentos, e para o qual nove famílias não foram convocadas pelo Departamento
Municipal de Habitação; há nove apartamentos vazios, a empresa está com as
chaves e não pode entregá-los. Aconteceu que, no final de semana, invadiram
dois apartamentos, e um ficou com a torneira aberta, alagando os demais
apartamentos. Essa situação é inadmissível! Então, que o Departamento Municipal
de Habitação passe o controle para as empresas. Eu entrei em contato com a
Caixa, hoje, que disse que não tem como fazer, a empresa é que tem que
entregá-los. Se quem está indicando os nomes para ocupar os apartamentos é o
Departamento Municipal de Habitação, ele é que tem a obrigação de convocar.
Agora, ficou esse problema; terá de haver reintegração de posse de um
apartamento que era novo e que já está ocupado - é um prejuízo! Nós temos
que preservar para que não haja uma invasão, uma ocupação dos imóveis
principalmente dos de zero a três salários mínimos, que são destinados às
famílias que estão inscritas, Ver. Brasinha, e que têm que ser preservados.
Porque quando exigirmos que a Vila Keddie saía de lá, queremos que saia de uma
vez só. Estamos defendendo isso há muito tempo.
Eu
quero cumprimentar as Lideranças de todos os Partidos aqui da nossa Câmara de
Vereadores pelo consenso, pelo acordo, Ver. Sebastião Melo - que também
trabalhou nisso -, para que pudéssemos acertar o dia 20 de junho como data para
votação do Projeto dos Procuradores do Município de Porto Alegre. O Ver.
Sebastião Melo está de parabéns por ter sido um articulador dessa questão.
Então, nesse acordo, todos saímos ganhando; o Prefeito confirmou, deu o aval
para votação no dia 20 de junho. Isso é muito importante. A categoria fica
resguardada, o Projeto será votado, e todas as Lideranças, o Líder do Governo,
Ver. João Antonio Dib, também articulou e defendeu a necessidade de mais prazo.
Todos estamos satisfeitos. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza;
Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, senhoras e senhores, eu achei extremamente
estranho a Ver.ª Maria Celeste vir a esta tribuna criticar a forma como o
Governo atual está tratando o Orçamento Participativo. Ver. Elói Guimarães, o
motivo de eu não participar das reuniões do Orçamento Participativo é a forma
como sempre o PT as organizou, fazendo do Orçamento Participativo um aparelho.
Acredito que esse tempo todo de Orçamento Participativo, poderia, sim, ter
feito para a Cidade um trabalho maravilhoso. Poderia, se fosse livre, se fosse
desamarrado, se fosse desatado; se o PT tivesse criado o Orçamento
Participativo - e o PT é responsável por isso - realmente para que as
comunidades pudessem falar, para que as comunidades pudessem agir. Ver. João
Dib, o PT não criou o Orçamento Participativo com este objetivo; o PT, quando
criou o Orçamento Participativo, o fez para criar um aparelho através do qual
ele pudesse realmente estar lá dentro das comunidades e que alguém estivesse
falando sempre em nome do Partido, fortalecendo o Partido.
Os 16 anos do PT muito se devem à forma como ele
aparelhou o Orçamento Participativo e como ele existiu. Então, agora, Ver.
Paulinho Rubem Berta - sei que não é exatamente a intenção de V. Exa. -, o PT é
o único Partido que não pode reclamar que o Governo esteja agindo desta forma.
O PT não pode. E nem que alguém esteja aparelhando, porque eles sempre
aparelharam! Eles sempre aparelharam!
Eu resolvi, Ver.ª Maria Celeste - e V. Exa. sabe
disso -, não participar das reuniões do OP, porque eu sei como acontecem. Na
época do PT já era assim. E, é claro, uma coisa que foi criada de maneira
errada, continuou errada! Depois, quando o Prefeito Fogaça liderou a Cidade,
ele também seguiu com o Orçamento Participativo. Mas, é claro, seguiu na forma
que existia; ele não fez um novo Orçamento Participativo, ele aproveitou aquela
forma que existia e seguiu. E assim também fez o Prefeito Fortunati: aquela
fórmula que existia de aparelhamento, ele seguiu.
Agora, como é que nós vamos mudar? Começou
torto, é uma coisa que começou completamente torta! Então, é muito difícil
chegar, a essa altura dos acontecimentos, e dar uma guinada. Nós gostaríamos,
porque isso, Ver. Elói Guimarães, poderia, sim, ser um instituto muito forte
para falar em nome das comunidades com relação àquilo que estava acontecendo
dentro das comunidades. Poderia, mas o Orçamento Participativo teria que ser
reinventado. Da forma como ele foi criado, pelo PT, foi criado torto! Muitos
dos Vereadores que estão aqui foram fruto, inclusive, exatamente disso! Então,
agora, reclamar do quê? Não podem reclamar
de absolutamente de nada! O que nós temos que fazer é tentar, de alguma forma,
endireitar as coisas, porque nós temos obrigação, nós somos representantes do
povo, temos que tentar endireitar as coisas.
As
comunidades não são culpadas disso; elas foram manipuladas, foram manobradas da
forma como o PT quis, e agora, Ver. Cecchim, temos que arrumar isso. Sou
partidário de que temos que arrumar isso, temos que dar um novo rumo, deixar as
comunidades resolverem livremente aquilo que querem; talvez esse fosse o
remédio, não ficar amarrando as comunidades para que elas decidam os elementos
da Prefeitura de acordo com o querem. Tem que dar liberdade.
Assim
como o movimento comunitário era livre, ele tem que voltar a ser livre.
Enquanto
o movimento...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Beto Moesch está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, já estava há mais tempo para tratar de um assunto que,
particularmente, para mim - e não só para mim, mas para a Câmara de Vereadores
-, tem um histórico significativo, que são as ciclovias, os bicicletários, ou
seja, o modal bicicleta como uma prioridade para a cidade de Porto Alegre.
É
importante ver aqui a juventude, porque este tema é muito mais caro para ela do
que para as pessoas de mais idade.
Vou
direto ao ponto. O que me indigna, Ver. Dib, é fazer críticas às ciclovias que
estão sendo feitas. Se há uma crítica que tem que ser feita, é do porquê de a
cidade de Porto Alegre ter demorado tanto tempo para implantar ciclovias, e o
modal bicicleta, querendo ou não, está sendo, junto com o sistema ferroviário e
fluvial, a melhor alternativa de mobilidade em todas a metrópoles do mundo, sem
exceção. Portanto, Porto Alegre não está sequer inovando, Porto Alegre está
muito atrasada em, finalmente, quem sabe, priorizar o modal bicicleta, Ver.
Tarciso, dentro de uma concepção de mobilidade urbana. Demorou demais! Esta
Casa debate a necessidade de ciclovias desde os anos 1970! Portanto, o debate
não é novo. E as ciclovias são muito importantes, porque elas é que dão
segurança para o ciclista. É impossível, sem ciclovias, andar de bicicleta com
segurança. Impossível! E o que nós vimos, Ver. Todeschini, nesses anos todos?
Não uma postura de Governo, seja qual Governo for, mas uma concepção técnica,
acadêmica, de que a prioridade deveria ser sempre para os carros e que, portanto, nada, absolutamente nada poderia
atrapalhar os carros. Isso foi concepção até os anos 1970, isso mudou. Hoje é o
contrário: o transporte coletivo, as bicicletas é que estão, sim, tirando o
espaço do carro, porque o carro passou a ser um problema, e não uma solução de
mobilidade urbana. Essa é a realidade universal; querendo ou não, essa é a
realidade.
Portanto,
nós temos que criticar é a demora na implantação das ciclovias, dos
bicicletários - tão importante quanto as ciclovias -, mas não criticar as ciclovias
que estão sendo feitas! Eu não consigo entender! Como é que nós vamos criticar
a ciclovias da Av. Ipiranga, se isso é uma demanda lá do final dos anos 1970
que finalmente está sendo atendida e que é uma conquista da sociedade?
Nenhum
Partido aqui pode querer dizer que nós é que estamos conseguindo implantar as
ciclovias na Cidade: não, essa é uma demanda típica da sociedade bem
organizada, que começou lá atrás, quando se criticava uma 3ª Perimetral que não
tinha ciclovia; que cobrou a ciclovia, e o BID, o órgão financiador, viu o erro
de aceitar um projeto sem ciclovia na 3ª Perimetral. E que, em 1996, exigiu, em
virtude de uma mobilização – mobilização da sociedade –, um plano diretor
cicloviário como contrapartida da 3.ª Perimetral, e está aí, feito, votado e
sendo aos poucos implantado. Mas criticar ciclovias que estão sendo feitas,
isso não dá para admitir. Ver. Cecchim. Nós temos que criticar a demora, o que
não foi feito, o que está para ser feito, mas não criticar ciclovias que estão
sendo feitas. Aí não dá, porque assim nós não temos como avançar. Só faltava
essa! Ver. Ferronato, ciclovias estão sendo feitas, mas se critica! Ciclovia
com projeto técnico dentro do Plano Cicloviário, assim como foi a ciclovia de
Ipanema, pequena, mas importante! Para quem anda de bicicleta, importante é ter
a ciclovia. Quem anda de bicicleta, Ver.ª Sofia, como V. Exa., como eu, sabe
que ciclovia é o que dá segurança. Na Av. Diário de Notícias, o pavimento não é
tão bom, mas tem segurança...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Prezado Presidente dos trabalhos, Ver. Haroldo
de Souza; representantes da
juventude aqui presentes, representantes da Mocambo, associação de memória
cultural, representantes do INCRA e do Município, todos lutadores contra a
discriminação racial, venho aqui em nome da oposição e quero tratar de dois temas.
O primeiro é um tema que é patrimônio político da cidade de Porto Alegre, que é
a democracia participativa, e democracia participativa pressupõe que a
sociedade possa participar, expressar as suas opiniões independentemente da
tutela do Poder Público Municipal, neste caso a Prefeitura Municipal. E,
infelizmente, o que os meus colegas Vereadores já relataram aqui, Ver.ª Maria
Celeste, Ver. Paulinho Rubem Berta, Ver. Nelcir Tessaro, é que o Orçamento
Participativo do Município de Porto Alegre está sendo destruído em nome de uma
tutela de governo. Porque as lideranças do Orçamento Participativo estão
recebendo benesses do Poder Público Municipal para conduzir e manipular o
processo na cidade de Porto Alegre, e os exemplos que foram aqui citados são
uma realidade. O Ministério Público tem que fazer, de imediato, uma
fiscalização e acompanhar inclusive os conselheiros do Orçamento Participativo
que estão recebendo os benefícios pessoais para defender uma política que não é
da comunidade nem da Cidade.
Quero
dizer aqui ao Prefeito José Fortunati, bem como ao Secretário Busatto, que
defende o principio da democracia participativa, que, da maneira como está
sendo conduzido, está se destruindo esse processo de democracia participativa.
Ver.
João Antonio Dib, sempre soubemos que esse tema é polêmico, desde quando o
implementamos em 1989 ou 1990, mas que é um patrimônio da cidade de Porto
Alegre; portanto, ele não pode ser destruído em nome de uma disputa eleitoral e
de transformar os conselheiros em cabos eleitorais do Partido A e do Partido B,
Ver. DJ Cassiá.
O
segundo tema que quero tratar é sobre a sustentabilidade da Cidade. Quero dizer
à juventude presente que nós, nesta Casa, temos que discutir os projetos com
profundidade, inclusive exercitar o contraditório, mas exigindo sempre
qualidade. O tema da ciclovia, da forma como está sendo feito, está sem
qualidade, e registro o esforço que tem feito o Secretário Cappellari, porque
ele já pegou projetos feitos e um rabo de foguete.
Quero
dizer ao Ver. Beto Moesch que ele está equivocado política e
administrativamente; o Plano Diretor que nós aprovamos em 2009 diz que o piso
das ciclovias tem que ser liso. Lá no BarraShoppingSul, aprovado por ele, é um
plano irregular, com tijolinhos, onde as bicicletas andam picando e trepidando.
Então, está equivocado. Aqui na Av. Ipiranga, onde a ciclovia tem que cortar a
avenida cinco vezes de um lado para outro, também é um problema técnico. E, lá
na Restinga, onde não há calçadas e está sendo colocada a ciclovia, com postes no
meio, também é um problema técnico. E o nosso papel é debater, até porque todos
nós queremos as ciclovias.
E
o que foi inaugurado ontem pelo Prefeito Fortunati foram 416 metros, o que
significa 0,08% do Plano Diretor aprovado em 2009; portanto faltam 99,92% da ciclovia, e já se passaram três
anos. Queremos qualidade na ciclovia! Um grande abraço. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, senhoras e senhores, a nossa saudação especial aos nossos
visitantes da tarde de hoje. Muitos jovens estão conosco, por isso o tema
ciclovia é muito apropriado. As cidades precisam de ciclovias. O cidadão e a
cidadã também precisam de ciclovias, que são especialmente elaboradas para eles.
Eu
conheço poucas cidades além das cidades brasileiras, mas conheço algumas por
aí. A questão começa com a educação do motorista de veículo de quatro rodas.
Por quê? Porque, é evidente, precisamos de ciclovias; agora, em alguns momentos
precisamos, talvez, até atravessar a rodovia; claro, em algum momento
encontramos na frente uma árvore, que está preservada; portanto, precisamos
construir as ciclovias com as voltas necessárias para que elas preservem aquilo
que está instalado. É preciso que o motorista do automóvel, do ônibus, do
lotação - entre outros - compreendam a importância da ciclovia e compreendam,
meu caro Ver. Cecchim, que, às vezes, necessariamente, ela precisa de uma
pequena volta, para atingir o seu objetivo. Nenhum país do mundo rebenta com a
cidade para construir uma ciclovia ou uma obra. Então, se preservamos o espaço
da cidade, podemos, sim, fazer alguns contornos, mas garantir, antes de mais
nada, a segurança daquelas pessoas que estão usando a bicicleta, com isso,
vamos facilitar a construção de ciclovias em quase toda cidade de Porto Alegre
- desde o cidadão, motorista de outros veículos, compreenda a necessidade de
respeitar os espaços exclusivos para a bicicleta. Se fizermos assim,
construiremos com maior facilidade.
Então,
nesse aspecto, concordo quando se diz que o leito não pode estar trepidando,
mas também concordo com o Ver. Beto quando diz que é preciso, sim, implantar o
sistema cicloviário. E os jovens, principalmente, precisam compreender que é
necessário, às vezes, algumas pequenas reviravoltas no trecho, para que ele
seja viável. Se isso for feito, estaremos contribuindo e exigindo da Prefeitura
Municipal a construção, a implantação, o mais rápido possível, de todos os 40
quilômetros previstos para a ciclovia no Município de Porto Alegre. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, não entrarei no assunto do Orçamento Participativo, porque os
colegas já falaram, e eu não estava presente ontem.
Então,
o que eu quero não é responder ao Ver. Comassetto, mas, quando ele fala em
ciclovias, não sei do que ele está falando. Escutei atentamente o Ver. Beto
Moesch e o Ver. Ferronato e, por falar em ciclovia, quero dizer que concordo,
Ver. Beto Moesch, que criticar aquilo que se está fazendo, depois de 30, 40
anos,
que era para ter sido feito... Nós temos que dar uma repensada nisso.
O Ver. Comassetto está querendo quase que
discutir o sexo dos anjos, tem que ser de forma lisa! O senhor tem que ver, lá
em Amsterdã, que é a terra das bicicletas, como é, a maioria das pistas, Ver.
Beto Moesch, são idênticas àquelas que há no BarraShopping, com tijoleta. Não
tem que ser uma sala de aula para andar de bicicleta, tem que ser aquilo mesmo,
como há em todo o mundo, tem que olhar como são as ciclovias no mundo todo.
Amsterdã está cheia de curvas, não quer dizer que ciclovia tem que ser reta, se
fosse para ser reta não precisaria ter o guidom, tem que fazer curva, sim,
aliás, é melhor, as pessoas ficam mais espertas. Só que lá ocorre uma coisa: a
bicicleta fica parada para que o pedestre atravesse, há faixas de segurança nas
ciclovias também. Então, o automóvel tem que parar para a bicicleta passar,
sendo que esta tem que parar para o transeunte passar. O que está faltando é
conscientização, educação, para determinadas coisas que nós queremos para o
nosso País, esquecemos de que antes tem que educar, conscientizar, até mesmo
ensinar a passar nesses locais.
Nós vamos ter, certamente, no Plano Cicloviário
de Porto Alegre, muita coisa boa, nós vamos aproximar pessoas, vamos ter uma
prática muito importante para a saúde e, muitas vezes, economia de dinheiro e
de passagem para que as pessoas possam trabalhar.
Agora, eu voltei lá da reunião-almoço da
Federasul, Ver. Valter Nagelstein, e quero compartilhar aqui com os meus
colegas, Presidente Sebastião Melo, do meu Partido, a palestra do Deputado
Alexandre Postal, Presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul,
que encantou a todos com sua posição firme e determinada, dizendo que vai
fazer, vai cumprir o que manda o Regimento da Casa, da Assembleia, mas
colocando a sua posição, a posição do cidadão, do Deputado e do Presidente da
Assembleia, dizendo que o que o Governador Tarso Genro está mandando de
projetos, baseados no art. 61 - aqui o nosso é o art. 81 -, urgentes, nenhum
Governador, nem na época da ditadura fez isso, mandando de afogadilho, querendo
aprovar coisas que precisam
ser melhor discutidas. Assim como eu, todos ficaram impressionados com as
declarações e com o pronunciamento do Deputado Alexandre Postal, Presidente da
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, pela sua coragem de enfrentar, de
dizer que tem que ser discutida a criação de uma empresa para cuidar dos
pedágios.
Imagina
só o Governador Tarso Genro fazendo uma empresa para cuidar dos pedágios. Ele
não dizia que o Olívio era o caminho? Agora o caminho é outra empresa?! Outra
empresa, para botar mais diretores! Ao invés de baixar o pedágio para a
população, eles criam mais emprego. É isso que o Tarso Genro está fazendo, mais
um monte de Conselhos. Temos o DAER que está preparado para isso; temos que dar
função para o DAER. Então, o que o Governador faz? Não decide nada no DAER, não
deixa o Secretário de Infraestrutura e Logística trabalhar, porque quer
concentrar tudo nos amiguinhos dele no Palácio; não resolve e quer criar outra
empresa. É uma contradição a cada dia que passa. Além de estar passando férias
na Espanha e em Portugal. Parece que lá ele reconhece que não tem
investimentos, só foi passear - são cinco dias de passeio, e um dia de trabalho
em Londres. Acho que está na hora de o Governador voltar para o Rio Grande,
voltar a cuidar da população do Rio Grande e parar de cuidar só dos
companheirinhos do PT. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo
de Souza – às 15h4min): Havendo
quórum, passamos à
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0284/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 013/12, de autoria do
Ver. Waldir Canal, que inclui a efeméride Dia da Consciência Jovem no Anexo à
Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e
revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, no último domingo
do mês de abril.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 02-05-12.
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em discussão o
PLL nº 013/12. (Pausa.)
O SR. SEBASTIÃO
MELO (Requerimento): Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza;
primeiramente quero agradecer ao Ver. João Antonio Dib, Líder do Governo, pela
sua sensibilidade, que nos permitiu retirar da votação de hoje o Projeto dos
Procuradores e, num acordo com todos os Partidos, com todos os Vereadores,
votaremos esta matéria no dia 20 de junho. Eu estendo esse agradecimento aos
dois Vereadores que trouxeram esta matéria para a Ordem do Dia, através do art.
81, que são o Ver. Tessaro e o Ver. Dr. Thiago. Quero cumprimentar os dois
Vereadores, pela compreensão, os Procuradores, na figura do Armando, e demais
parceiros que se reuniram com o Sr. Prefeito, hoje, pela manhã. A palavra do
Sr. Prefeito foi no sentido de esta matéria ser votada no dia 20 de junho.
Então, eu quero agradecer e entregar o Requerimento aos Srs. Vereadores que
ainda não puderam assinar. Eu gostaria que assinassem, para que fosse de toda a
Casa. O Ver. Pedro Ruas acaba de assinar. O Ver. Engenheiro Comassetto, como
Líder da oposição; também telefonei para ele. Portanto, é um Requerimento do
conjunto da Casa, e eu quero agradecer, Presidente, pela sua deferência.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obrigado, Ver. Sebastião Melo. Tão logo
encerremos a votação do Projeto, estaremos colocando em votação o seu
Requerimento.
O Ver.
Waldir Canal está com a palavra para discutir o PLL nº 013/12.
O SR. WALDIR
CANAL: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, gostaria de, neste espaço importante, me referir
rapidamente ao Projeto que ora está em votação. Nós sabemos que a juventude é o
pulmão do nosso Brasil. Nós temos visto pelo mundo afora diversos problemas que
têm acontecido, e a juventude tem sido penalizada por falta de emprego,
educação; sonhos estão sendo destruídos, famílias estão sendo destruídas por
falta de políticas públicas que venham ao encontro da necessidade dos jovens.
E, nesta tarde, nós votaremos o PLL nº 013/12, que estabelece o Dia da
Consciência Jovem, um dia para o debate, a conscientização e sugestão de
propostas que venham ao encontro da necessidade do jovem que precisa de
emprego, do jovem que precisa de oportunidade, que precisa de estudo. Nós temos
a Secretaria Nacional da Juventude, nós temos aqui no Município a Secretaria
Municipal da Juventude, são órgãos que precisam ouvir os jovens, estar no meio
dessa juventude, que é ativa, participativa, produtiva, mas que precisa do
apoio do Poder Público, e que a sociedade venha se engajar a essa luta e
apoiá-la. O jovem precisa de apoio, o jovem precisa do braço do Poder Público e
da sociedade, de um modo geral, para que eles possam alcançar aquilo que eles
pretendem como ideal de vida, estabelecimento da sua família. Quero saudar a
Força Jovem, que se encontra aqui nesta tarde, o Dayvid Windson, Coordenador da
Força Jovem, que tem desenvolvido um trabalho muito especial, com diversos
eventos, na luta contra as drogas, o crack.
Enfim, são ações que vêm ao encontro desse importante trabalho que é realizado,
de maneira geral, nas faculdades, nas escolas, nas praças, nas igrejas, nos
sindicatos, em todos os lugares onde o jovem precisa ser ouvido e ter voz. Essa
que é a realidade.
O Sr. José
Freitas: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Waldir Canal, obrigado
pelo aparte. Em primeiro lugar, parabéns pela iniciativa. Eu quero registrar,
nesta tarde, Dayvid Windson e jovens – para vocês saberem a importância desse trabalho
–, que eu fui chamado em uma família, ontem, por uma jovem, que agradeceu por
esse trabalho, e hoje ela está livre das drogas. Então, eu quero aqui
parabenizar V. Exa., o Dayvid Windson, que é o responsável pelo trabalho da Força Jovem do Rio Grande
do Sul, e todos vocês, jovens. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. WALDIR CANAL: Sr. Presidente, eu gostaria de agradecer
os Vereadores e pedir o apoio para este Projeto. O Paulinho Rubem Berta, colega
Vereador, conhece bem a situação do jovem lá na comunidade.
O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Quero agradecer V. Exa. pelo aparte e dizer que fico muito feliz
quando vejo um Vereador, principalmente do seu quilate, defendendo a juventude.
Fico muito feliz e muito orgulhoso disso. Como o senhor sabe, eu venho de uma
região que é muito penalizada...
O SR. WALDIR CANAL: É verdade!
O Sr. Paulinho Rubem Berta: ...até pela imprensa de Porto Alegre, que
é o Rubem Berta. Muitas vezes acontece qualquer ato fora da lei, lá do outro
lado, mas lá também é Rubem Berta. Hoje, eu vejo o senhor aqui com um Projeto
desses, e eu só posso dizer uma coisa: parabéns a vocês, o Vereador está
correto e terá o meu voto que apoia o seu Projeto. (Palmas.)
O SR. WALDIR CANAL: Muito obrigado, Ver. Paulinho.
O Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Obrigado, colega Canal. Eu já estive participando junto contigo,
junto com essa rapaziada...
O SR. WALDIR CANAL: É verdade.
O Sr. Tarciso Flecha Negra: É, essa é a minha bandeira, é o meu
sonho, as crianças, os jovens, imbuídos nesse Projeto, que é uma maravilha.
Todos estão de parabéns. E tu, Canal, que propuseste esse Projeto para os
jovens, tão importante não só para a nossa Cidade, mas para o Rio Grande do
Sul, para o Brasil, parabéns pela iniciativa! (Palmas.)
O SR. WALDIR CANAL: Muito obrigado, Ver. Tarciso. Agradeço a
todos. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra para discutir o PLL nº 013/12.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza;
colegas Vereadoras e Vereadores, senhoras e senhores aqui presentes, eu venho a
esta tribuna, em nome do meu Partido, para dizer ao nobre Ver. Waldir Canal,
que teve aqui a iniciativa de propor o Dia da Consciência Jovem no Calendário Oficial do Município de
Porto Alegre, que tem o nosso acolhimento. E quero trazer aqui algumas razões
dentro da política nacional. Primeiro, quero dizer que é louvável que
a juventude participe e ajude a construir o desenvolvimento da cidade, do
Estado e do País. Porque a política tem que ser feita com grandeza e
inteligência. Hoje, existe um segmento na sociedade que rechaça a política como
se fosse algo feito só por pessoas inescrupulosas. Quero dizer que não; na
política existe seriedade. E a juventude tem essa responsabilidade.
Hoje está encerrando, no Tribunal Regional
Eleitoral, a adesão da juventude. Mais de 50 mil jovens aderiram, em Porto
Alegre, e participarão do próximo processo eleitoral.
Eu, que sou do PT, tenho muito orgulho de que
foi a partir do Presidente Lula que foi criada, em nível nacional, a Secretaria
Nacional da Juventude, e deriva disso a criação das Secretaria pelos
Municípios. Porto Alegre tem uma Secretaria Municipal da Juventude que, talvez,
precise ser oxigenada, Ver. Canal, pois, sob nosso ponto de vista, não está
fazendo o trabalho que deveria fazer com a juventude.
No Governo Lula foi criado o ProUni, ou seja,
bolsa de estudos para que a juventude possa ingressar nas universidades
privadas. Foi criado o sistema de cotas, porque a juventude mais excluída é a
da periferia e a negra, permitindo que possam ter, como um processo de
reparação, acesso às universidades. Foi criado o ENEM para que possam se
qualificar através do ensino público aqueles que podem entrar diretamente nas
universidades. Foi qualificado o Ensino Técnico Profissional para direcionar a
juventude a ter acesso ao ensino técnico profissional. Em 1919, Campos Sales
criou a primeira Escola Técnica Federal. Até 2002 eram 164 escolas técnicas
federais; nesses últimos 11 anos do Governo Lula e Dilma são mais 314 escolas
técnicas federais no Brasil, sendo uma delas lá na Restinga para 1.500 jovens.
Há o tema do Primeiro Emprego e, neste momento,
no Brasil, nós temos uma das menores taxas de desemprego da história recente,
inclusive relacionada à juventude. Ainda falta muito? Falta. Falta ainda a qualificação
profissional? Falta. Portanto, Ver. Waldir Canal, trazer esse tema de colocar,
no Calendário Oficial do Município de Porto Alegre, o Dia da Consciência Jovem
significa que nós podemos, aqui nesta Casa, com a responsabilidade que temos e
junto com a juventude, construir políticas públicas para que a juventude exerça
o seu papel de cidadania. Esse dia proposto pelo senhor como mais um dia no
Calendário Oficial do Município de Porto Alegre nos permite, junto com a
juventude, fazer uma reflexão num processo inverso ao que fazemos aqui. Não é
só a juventude nos ouvir, mas que nós possamos ouvir a voz da juventude,
principalmente nas suas ansiedades, nas suas potencialidades, para que possamos
aprender com ela. Todos os colegas Vereadores e aqueles que nos ouvem sabem
que, quanto mais passa a idade, mais experiência se adquire, mas nem sempre o
corpo acompanha a energia que tem a juventude. Portanto, as trocas de
experiência, de disposição, de energia e de criatividade são temas que devem
ser referenciados e trabalhados. E agora, no Calendário Oficial, que a Cidade
possa receber isso como um reconhecimento àqueles que se inserem na construção
da Cidade e da cidadania na afirmação de toda a comunidade, sem discriminação,
contra a intolerância religiosa, contra a discriminação racial, pela inclusão,
pela geração e distribuição de renda, esses são temas fundamentais que podemos
trabalhar em conjunto. O Dia da Consciência Jovem já tem o nosso apoio e é
bem-vindo, principalmente para que possamos ouvir a mente e os corações dos
jovens. Um grande abraço a todos vocês, boa luta e bom trabalho! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em votação o PLL nº 013/12. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(Manifestações
nas galerias.)
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 041/12 – (Proc. nº 1111/12 – Verª
Maria Celeste) – requer seja o Período
de Comunicações do dia 14 de maio destinado a homenagear a Obra Social
Imaculado Coração de Maria (OSICOM).
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em votação o Requerimento nº 041/12.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3560/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 186/11, de autoria do
Ver. Engenheiro Comassetto, que integra ao Patrimônio Cultural do Município de Porto
Alegre a Mocambo – Associação Comunitária Amigos e Moradores do Bairro Cidade
Baixa e Arredores, com base no art. 14 da lei Complementarnº 434, de 1º de
dezembro de 1999 – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental –, e
alterações posteriores.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM em 30-04-12.
O SR. PRESIDENTE (Haroldo
de Souza): Em discussão
o PLL nº 186/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLL nº
186/11. (Pausa.)
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 186/11.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza;
colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores aqui presentes; quero
cumprimentar a Mocambo – Associação Comunitária Amigos e Moradores do Bairro
Cidade Baixa e Arredores – e todos aqueles que representam aqui as entidades
culturais, comunitárias que lutam sempre para que Porto Alegre seja uma cidade
que inclua e não uma cidade que exclua. Eu preparei uma pequena apresentação do
que é a Mocambo para que todos possam saber. Gostaria de que a TVCâmara pudesse
mostrar, por favor!
(Procede-se à apresentação em PowerPoint.)
O SR. ENGENHEIRO
COMASSETTO: Aqui
é a sede da Mocambo; o Prefeito Municipal José Fortunati fazendo uma visita
junto com os Secretários Municipais. (Pausa.) Aqui, reconhecendo a Mocambo como
um espaço da cidade de Porto Alegre; inclusive a sua área foi cedida pelo
Município por tempo indeterminado, por meio de decreto, para que ali possam ser
desenvolvidas as suas atividades. (Pausa.) Aqui mostra muitos Vereadores,
Vereadoras, Secretários que trabalham junto com a Mocambo, desenvolvendo essa
política. A Mocambo é uma entidade que existe desde a década de 1970, que
participa das Câmaras Temáticas da Saúde, das Comunidades Negras, do Grupo de
Trabalho de Direitos Humanos, do Orçamento Participativo, do Conselho Municipal
da Saúde, um conjunto de parcerias na construção das políticas municipais.
Quero
cumprimentar a Dona Elaine, que é a coordenadora desse trabalho e representa,
aqui em Porto Alegre, o segmento que luta pela cidade que inclui. Tem
atividades no carnaval, tem atividades culturais; aqui uma atividade cultural
realizada na sede da Mocambo, que fica em frente ao Largo Zumbi dos Palmares.
(Pausa.) Aqui nós temos o Secretário Kevin Krieger, que desenvolveu uma
política, junto com a Mocambo, no tema dos direitos humanos e segurança de
Porto Alegre. Portanto, a Mocambo já vem desenvolvendo um conjunto de projetos
com o Município de Porto Alegre. (Pausa.) Aqui o Ver. Bernardino Vendruscolo,
que deu um certificado. Certificou a Mocambo como uma entidade cultural na
defesa das atividades da Semana Farroupilha, aqui no Acampamento Farroupilha,
no dia 20 de setembro de 2005. Diz o certificado (Lê.): “Cumprindo as suas
obrigações e levantando as cores do estandarte gaúcho nos 170 anos do
aniversário da Guerra dos Farrapos. Uma homenagem do Ver. Bernardino
Vendruscolo a Mocambo”. A Mocambo é uma entidade que se situa no centro da
cidade de Porto Alegre, aqui na Cidade Baixa, e que representa a luta para que
as comunidades que sejam culturais, que sejam representativas – neste caso, de
uma política de inclusão social e racial – possam estar inseridas cada vez mais
nas políticas públicas municipais e no contexto da vida da cidade de Porto
Alegre.
O
nosso Plano Diretor orienta que pode haver bens culturais tangíveis e
intangíveis. Neste caso, estamos sugerindo que a cidade de Porto Alegre
reconheça como bem cultural intangível da luta contra a discriminação racial,
pela inclusão social, pelas atividades que despertam e apontam para uma Cidade
e uma sociedade tolerantes e inclusivas a Mocambo, que ela seja reconhecida
como patrimônio cultural do Município de Porto Alegre. Venho aqui pedir o apoio
de todos os Vereadores para que possamos reconhecer por unanimidade. Quero
dizer que este não é um trabalho exclusivamente deste Vereador. Estou sendo,
neste momento, o porta-voz, pois é um trabalho construído por muitas mãos nesta
Casa e pelas políticas públicas municipais.
Eu
concluo fazendo esta apresentação e dizendo que, assim como já reconhecemos em
Porto Alegre várias outras entidades culturais, sejam elas do tradicionalismo
gaúcho, do carnaval, da defesa das artes, agora apresentamos a comunidade
Mocambo para que também receba esta homenagem da Cidade. Um grande abraço.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
(O
Ver. Mauro Zacher assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Valter Nagelstein está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 186/11.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, colegas Vereadores,
senhoras e senhores; eu há pouco fui chamado pela Dona Teresa – se não me
equivoco –, que aqui está, junto com esse grupo que nos visita e que faz
esse trabalho cidadão, que é de vir até o Plenário da Câmara advogar as suas
razões. É importante que todos os movimentos organizados assim o façam, porque
aqui é o local exatamente para que se dê eco às demandas da sociedade civil
organizada. A Dona Teresa me chamou e disse que o terceiro Projeto da Pauta era
este e pediu apoio. Eu confesso que não conhecia, disse a ela que iria
examinar, e quero dizer que, tendo examinado, voto favoravelmente ao Projeto.
(Palmas.)
Quero
dizer que encontrei no art. 14 da nossa Lei Complementar nº 434 - que o Ver.
Comassetto usa como Justificativa -, de fato, as razões para que nós pudéssemos
aprovar e reconhecer. E quero dizer mais: este nosso Governo do Prefeito Fogaça
- que tem continuidade com o Prefeito Fortunati - é um Governo que reconheceu e
deu status, portanto promoveu a causa
e a luta, que é uma luta histórica e que deve ser de todos nós, do resgate da
dignidade do povo negro. Este Brasil foi construído a muitas mãos, e nós
sabemos, Ver. Comassetto, o quanto a mão do negro tem sido importante, tem
contribuído, e o quanto ela foi desvalorizada, não reconhecida.
Todos
aqueles que lutam a favor de uma sociedade mais justa, todos aqueles que querem
que as pessoas tenham os mesmos direitos e as mesmas obrigações precisam
aplaudir essa iniciativa da criação do Gabinete do Povo Negro; e precisam, ao
mesmo tempo, aplaudir todas as iniciativas que vierem ao encontro das causas,
dos anseios e das necessidades justas que parcelas da nossa população têm a
fazer e a reivindicar aqui no nosso Legislativo Municipal.
Eu
quero ainda, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, referir que aqui no andar térreo
da nossa Câmara – e aproveitar a própria TVCâmara e a Rádio, a divulgação que
nós temos – está ocorrendo a Feira das Mães, que é uma Feira de Artesanato que
gera renda, que complementa a renda de muitas famílias, que gera oportunidades,
que valoriza o trabalho, valoriza o ofício manual. Portanto, quero convidar
todos que visitam a nossa Câmara Municipal de Vereadores para que também
comprem um presente para o Dia das Mães que se aproxima, aqui, no nosso
artesanato.
Quero
referir que, na data de ontem, as agentes de crédito, Ver. Todeschini, do nosso
Programa Municipal de Microcrédito, estiveram aqui, fazendo uma visita,
oferecendo esse produto. O Banrisul criou essa linha de crédito, e nós já
aplicamos R$ 2 milhões. Eu falei com o Presidente Túlio Zamin, e ele disse que
o Município de Porto Alegre foi o que mais e melhor aplicou até agora. V. Exa.
me disse naquele dia que algumas pessoas procuraram e que não conseguiram isso.
Eu quero pedir que insistam, que levem a documentação ou que me informem o que
está havendo, porque, se é questão de cadastro, nós vamos verificar, porque o
microcrédito é uma ferramenta essencial para apoiar o desenvolvimento dos
micronegócios. Quantas costureiras, quantos encanadores, quantos mecânicos,
motoristas de táxi, quantos profissionais desse universo todo às vezes precisam
comprar uma roda, fazer uma retífica no motor, uma geladeira nova, um fogão, e
o juro do mercado é este que estamos vendo: 6%, 7%, 8%, 10%, 11% em algumas
financeiras e em cheque especial, e o microcrédito tem um juro de 0,68% com
agente de crédito, que faz a educação financeira, que fica ao lado da pessoa
dando apoio. Portanto, procurem os agentes. Ainda ontem, eu ouvi no noticiário
que foram concedidos vários créditos aos feirantes da Feira Modelo, Ver. Mario
Manfro, Ver. Luiz Braz; são pessoas que precisam de capital de giro e que estão
dentro desse processo de multiplicação.
Eu
quero aproveitar esses derradeiros minutos, Sr. Presidente, para cumprimentar o
recém empossado Presidente da Federasul, da nossa Federação das Associações
Comerciais do Rio Grande do Sul, Presidente Ricardo Russowsky, que substitui o
Presidente Cairoli. Ambos são pessoas que merecem de todos nós todo o respeito
e toda admiração. O Cairoli fez um grande trabalho à frente da Federasul, que é
uma entidade democrática, que convida pessoas de todos os segmentos políticos e
empresariais, que promove reuniões-almoço para discussão dos temas mais
importantes da sociedade. Esse é somente um dos eventos que a Federasul
promove; tem também o apoio que ela dá aos seus associados. O Presidente
Russowsky assumiu agora em uma missão que não é partidária, mas, com muita
honra, ele foi durante muito tempo correligionário nosso, do nosso Partido, das
hostes peemedebistas, e eu quero, daqui da tribuna, augurar que seja coroada de
êxito a sua gestão e sei que a sua capacidade, o seu currículo e a sua história
dão um testemunho de que, de fato, ele vai ser muito bem sucedido à frente
dessa entidade, que, como eu disse, é uma das mais importantes do nosso Estado.
Sr.
Presidente, eu quero agradecer pelo tempo, pela audiência de Vossas
Excelências. Ver. João Dib, Srs. Vereadores, quero cumprimentar a Associação
Mocambo que aqui está e desejar que a luta seja cada vez mais para frente, que
vocês conquistem mais direitos. Portanto, o voto deste Vereador é favorável à
causa. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 186/11.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Sr.
Presidente, Mauro Zacher; Vereadores, Vereadoras, senhores e senhoras,
comunidade do Mocambo; cumprimento a Elaine, uma querida amiga de muitos anos,
estivemos juntos em algumas lutas e, hoje, tenho o prazer, Elaine - e
Teresinha, que também está aqui -, de, com certeza, declarar o meu apoio e a
minha satisfação de poder estar na Câmara de Vereadores e votar favoravelmente
ao Projeto do Ver. Comassetto, do Mocambo. Tive o prazer e a satisfação de,
quando fui Secretário de Direitos Humanos e Segurança Urbana, ter o Mocambo
sempre ao nosso lado, da Secretaria, além de fazer diversas atividades
culturais, diversas atividades, estar junto aos Conselhos Municipais, ajudando
na construção das políticas públicas. Tive a satisfação de tê-los ao lado,
organizando, Teresinha, quatro semanas da Consciência Negra, de 2005 a 2008;
estive ao lado dessa associação, que é importantíssima no processo das
discussões de políticas públicas da cidade de Porto Alegre, Ver .Comassetto.
Então, com certeza, tive também a alegria de ver
no telão, quando tu mostraste, a foto da minha visita ao Mocambo; não é de hoje
que apoio e que estou ao lado de vocês; já vem de alguns anos que estou ao lado
e venho construindo junto esta história. Tenho muito orgulho disso, de estar ao
lado do povo negro nas construções e nas lutas que vocês vêm fazendo ao longo
dos anos.
Continuem contando conosco, continuem contando
também com o Partido Progressista, do Vereador, nosso Líder, João Antonio Dib;
do Ver. Beto Moesch e do Ver. Nedel. Estamos sempre ao lado de vocês e das
lutas de vocês. Um abraço a todos. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL n.º 186/11.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, todos
os que nos assistem, em especial a comunidade do Mocambo; cumprimento aqui a
Elaine, que há muitos anos lidera essa questão pelo direito ao espaço do
Mocambo, pela manutenção da cultura na Cidade Baixa, onde tínhamos uma
população afrodescendente enorme, gigantesca, e que a maior parte dela foi
transferida para a Restinga, para os lugares distantes da Cidade, à época.
E
o Mocambo foi um espaço de resistência, justamente nas origens da Cidade, onde
os descendentes de escravos, afrodescendentes, tinham, como espaço de
permanência, a Ilhota, o entorno do Lupicínio Rodrigues, do Tesourinha, enfim,
toda aquela região, e, na época da ditadura militar, foram transferidos à força
para os lugares distantes. O Mocambo significa o espaço de resistência, o
espaço de manutenção da cultura e o espaço de resgate das origens da cidade de
Porto Alegre.
Não
vou me estender aqui, mas venho fazer esta manifestação de apoio, e tenho a
certeza de que todos os Vereadores vão apoiar, vão votar favoravelmente ao
Projeto, porque ele tem um significado grandioso para o resgate da tradição, da
cultura e da memória do povo afrodescendente.
Parabéns
e, com certeza, vamos aprovar este Projeto por unanimidade. Boa luta, e longa
vida, Mocambo! Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 186/11.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras; valeu, obrigado, DJ, pelo “Doutor”, mas eu quero dizer, aqui, da
alegria, Comassetto, de ver este Projeto sendo votado. E eu tenho certeza que
todos os Vereadores darão o “sim” merecido. Eu fico muito contente pela nossa
raça, a raça negra, que é a minha bandeira, a minha letra; pelas nossas
crianças negras, pelas mulheres negras, assim como a minha mãe. Então, é uma
alegria imensa ver mais uma conquista do povo negro. Eu não preciso falar muito
aqui, Comassetto, porque o sinal positivo está vindo agora, da Câmara de
Vereadores, dos 36 Vereadores, e falo do agradecimento, tanto meu como de todo
o povo negro. Acredito que todos nós, negros, estamos aplaudindo todos vocês e
agradecendo. É um desejo de todos nós que outros movimentos, outros projetos se
concretizem, assim como o Museu do Negro - que já foi aprovado e sancionado
pelo Governo -, que se concretize no ano de 2013, para mostrá-lo para o mundo,
na Capital dos Gaúchos, o Rio Grande do Sul, onde somos quase a maioria.
Obrigado aos 36 Vereadores. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 186/11.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras, eu não desejo ser desmancha
prazeres, mas tenho dever, de consciência, inclusive, com a lei que eu jurei
cumprir. Eu, honestamente, queria chamar a atenção dos Srs. Vereadores, porque
eu não vejo como a Proposição do Ver. Engenheiro Comassetto - chamaram-me a
atenção já pela manhã, e agora de tarde conversei com o pessoal da Mocambo - se
enquadra no art. 14, da Lei Complementar nº 434. Honestamente, eu não vejo como
enquadrar, até porque, por definição do autor da proposta, na sua Exposição de
Motivos, diz que a Mocambo possui caráter político conscientizador,
reivindicatório e representativo das lutas, tendo por estratégia a resistência,
a persistência e o foco nos objetivos a serem buscados. Então, este Vereador
tem a responsabilidade de acreditar no que jurou, e eu entendo,
lamentavelmente, que não há enquadramento no art. 14, da Lei Complementar nº
434. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Não há mais quem queira encaminhar. Em
votação o PLL nº 186/11.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO, com
voto contrário do Ver. João Antonio Dib.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Sebastião Melo e todos os outros Líderes, de adiamento da discussão do PLCE nº
014/11 por cinco sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Solicito ao Sr. 1º Secretário que proceda
a leitura das proposições apresentadas à Mesa.
O
SR. 1º SECRETÁRIO (Ver. Carlos Todeschini): (Lê as proposições apresentadas à Mesa.)
Ofício nº 396/12, do Gabinete do Prefeito: “Porto Alegre, 08 de maio de 2012. A Sua Excelência o Senhor MAURO ZACHER, Presidente da Câmara Municipal. NESTA CAPITAL. Senhor Presidente: Ao cumprimentá-lo, cordialmente, comunico a Vossa Excelência e demais Edis, conforme prevê a Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre,
que a viagem anunciada no Ofício n° 390/2012, foi cancelada a sine die, motivo pelo qual solicito desconsiderar os termos
do mencionado documento.
Atenciosamente, José Fortunati”.
Processo nº 00585/12 – PLL nº 043, de 08 de março de
2012. Autor Ver. Idenir Cecchin. “Ementa: Veda a concessão de autorização para
utilização de tabuletas, outdoors e similares, placas e painéis, e em pena
cega, no Município de Porto Alegre, revoga os incisos I, II, III e X, do artigo
10, e os artigos 18, 38, 39, 40, 41 e 43 da Lei nº 8279, de 20 de janeiro de
1999, que disciplina o uso do mobiliário urbano e veículos publicitários no
Município de Porto Alegre e dá outras providências e alterações posteriores”.
Memorando N° 036/2012 - Porto Alegre, 03 de Maio de 2012.
Do Gabinete do Vereador Engenheiro Comassetto para: Gabinete da Presidência.
Solicitação de Representação Externa. “Venho, por meio deste, solicitar à
Presidência a Representação Institucional desta Casa Legislativa para
participar do II Diálogo Federativo Rumo à Rio +20. O evento ocorrerá na Escola
de Administração Fazendária (ESAF) - Rodovia DF -001 Km 27,4 Setor de
Habitações individuais sul - lago Sul - Brasília/ DF no período de 03/05/2012 à
04/05/2012. Sem ônus para esta casa Legislativa”.
Processo nº 00792/12 – PLL nº 067/12, de autoria do Ver.
Airto Ferronato. “Institui as motovias espaços limitados ao longo de vias
urbanas destinadas exclusivamente ao tráfego de motocicletas e congêneres das
segundas-feiras aos sábados, e de bicicletas nos domingos e nos feriados”.
Sr. Presidente, estes eram os expedientes a apregoar na
presente Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Elias Vidal está com a palavra
para um Requerimento.
O SR. ELIAS VIDAL (Requerimento): Sr. Presidente, venho a V. Exa. para requerer
Tempo Especial de tribuna para fazer uma comunicação ao plenário, aos colegas,
ao público que nos assiste na TVCâmara e nesta Casa Legislativa.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): V. Exa. poderia fazer aí do microfone...
O SR. ELIAS VIDAL: Eu gostaria de fazer da tribuna; apenas
um ou dois minutinhos é suficiente.
O SR. MAURO ZACHER: O.k!
Estou lhe concedendo dois minutos.
O
Ver. Elias Vidal está com a palavra em Tempo Especial.
O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste aqui nesta Casa
Legislativa, também os que nos assistem pela televisão, venho a esta tribuna,
em primeiro lugar, para agradecer o apoio que recebi como Vereador, até o
presente momento, na sigla em que nos encontrávamos, mas pretendo concluir o
meu mandato em algum Partido. Amanhã, às 11h, na sala 303, da COSMAM e CCJ,
este Vereador vai se pronunciar e também assinar a entrada num novo Partido.
Depois de um longo período de meditação, de reflexão, nós tomamos uma decisão,
e amanhã estaremos assinando.
A
minha vida política, para quem não a conhece: passei 11 anos dentro do PTB, 8
anos no PPS, tive uma experiência de 60 dias num Partido que se fundiu - a
experiência acabou não dando certo. Espero, nesta nova experiência, ter uma
trajetória longa e ser útil à cidade de Porto Alegre, com ou sem mandato.
Então, amanhã este Vereador vai estar se pronunciando e assinando sua entrada
num novo Partido. Quero comunicar-lhes que estou muito tranquilo, de bem com a
vida. Alguns se preocupam quando perdem o mandato, alguns se preocupam quando
não podem mais concorrer, alguns se preocupam quando são cassados, mas foi uma
decisão deste Vereador, de uma forma muito consciente, sabendo que não poderia
concorrer saindo do Partido em que me encontrava. Estarei indo para outro
Partido e espero colaborar com a Cidade, com o cidadão porto-alegrense, como
fiz durante todo o tempo em que estive em outras siglas pelas quais passei, num
período de 11 anos e num período de 8 anos. Estou muito tranquilo porque a
meditação foi profunda; estou feliz, estou alegre, porque são etapas da vida
que a gente vai cruzando. O mais importante é a gente servir, como cidadão ou
como Vereador, ou em qualquer outra função.
Então, amanhã, às 11h, para mim será uma
alegria muito grande se puder receber os senhores, Vereadores - sei que vocês
têm muitos compromissos, sei que é um horário complicado. Às 11h, na sala da
CCJ, este Vereador estará ingressando num novo Partido. E espero, de alguma
forma, poder ser útil, usar toda essa experiência que acumulamos até o presente
momento, especialmente desses últimos meses, quando este Vereador tomou a
iniciativa de assinar as CPIs, a da Saúde e a do Instituto Ronaldinho, o que
culminou na nossa decisão e na trajetória em que nos encontramos hoje.
Mas
quero deixá-los bem tranquilos, porque estou muito feliz, muito alegre, muito
contente, porque estamos vivos, depois de muita, muita batalha, muita
dificuldade, muita retaliação, para tocar a vida para frente. Temos que olhar
para frente; como se diz, não podemos ficar olhando pelo retrovisor, olhando
para trás. Temos que olhar para frente. O mais importante é a vida, é o
companheirismo, é a alegria de viver e ser útil ao ser humano, especialmente
àqueles que nos pagam para servi-los, que são os cidadãos porto-alegrenses.
Então,
fica aqui o convite aos Srs. Vereadores, na sala 303, da COSMAM. O meu muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.).
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher – às
15h54min): Está
encerrada a Ordem do Dia.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0547/12 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 010/12, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
altera o inc. I do caput do art. 82 da Lei Complementar nº 7, de 7 de
dezembro de 1973 – que institui e disciplina os tributos de competência do
Município –, e alterações posteriores, estendendo até o 6º (sexto) dia útil de
janeiro do ano da competência o prazo para pagamento de impostos e taxa com
redução de 20 % (vinte por cento).
PROC.
Nº 0718/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 060/12, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
obriga os bares e os restaurantes que não aceitarem pagamento por meio de
cheques ou cartões de débito ou crédito a fixar, na porta de entrada de seus
estabelecimentos, placa contendo informação sobre a não aceitação dessas formas
de pagamento.
PROC.
Nº 0735/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 063/12, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Chimango o logradouro não cadastrado conhecido como Rua 2738,
localizado no Bairro Jardim Carvalho.
PROC.
Nº 0802/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 068/12, de autoria do
Ver. João Pancinha, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Antônio Parissi.
PROC.
Nº 0845/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 071/12, de autoria do
Ver. Engenheiro Comassetto, que
denomina Rua Tim Lopes o logradouro não cadastrado conhecido como Rua G –
Estrada Costa Gama –, localizado no Bairro Restinga.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Professor Garcia está
com a palavra para discutir a Pauta.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, o Ver.
Bernardino traz a esta Casa um Projeto de Lei que obriga os bares e os
restaurantes que não aceitarem pagamento por meio de cheque ou cartão de débito
ou crédito a afixar, na porta de entrada de seu estabelecimento, placa contendo
informações sobre a não aceitação dessas formas de pagamento. Acho que é uma
discussão que nós temos que fazer. A maioria dos usuários normalmente conhece,
sabe das casas, mas também há a questão do constrangimento. Não sei se há algum
caso concreto em que alguma pessoa foi intimidada pelo não pagamento, mas, de
qualquer maneira, eu acho muito salutar trazer a público essa discussão para
que possamos dialogar. Em várias casas, já vi, já estão afixados os dizeres
“não aceitamos cheques”, já faz parte, e, entre as que eu conheço – olha, e eu
ando nesta Cidade -, também se lê “não aceitamos cartão de crédito”. Um dia,
inclusive eu fui falar com o proprietário, e ele disse: “Mas, Vereador, é que o
cartão de crédito nos cobra uma taxa enorme. Nós temos que dar a alimentação
agora, nos cobram uma taxa e custam a nos pagar”.
Então,
eu vejo que a discussão é bem maior do que simplesmente não aceitar o cheque,
não aceitar o cartão de crédito; por que não trazermos também as operadoras de
crédito para esta Casa para discutirmos, por exemplo, qual é o percentual de
taxa de administração que eles cobram em cima dos donos de bares, restaurantes,
hotéis, postos de gasolina, ou seja, todos aqueles estabelecimentos que
utilizam o cartão de crédito? Acho que nós temos que fazer essa discussão.
Ver.
Nedel, eu lhe concedo um aparte, com o maior prazer, V. Exa., que é da Comissão
de Economia, Finanças e Orçamento, sobre esse assunto, é especialista. Gostaria
de ouvi-lo, Ver. Nedel, para saber a sua posição sobre esta matéria.
O Sr. João Carlos Nedel: Ilustre Vereador Professor Garcia, eu
acho que nós temos que levar o assunto para a nossa Comissão, e eu quero a sua
colaboração para realmente nos aprofundarmos e esclarecer todos os detalhes.
O SR. PROFESSOR GARCIA: É um Projeto do Ver. Bernardino, não é?
O Sr. João Carlos Nedel: O Ver. Bernardino já me falou sobre esse
assunto, até pediu que, se possível, eu fosse o parecerista, mas eu ainda não
recebi o Processo.
O SR. PROFESSOR GARCIA: O que estou colocando, Vereador, é que a
maioria dos estabelecimentos que eu conheço já informam, têm uma tabuleta onde
consta: “Não aceitamos cartão de crédito, não aceitamos cheque”. Uma vez eu fui
a um cartão de crédito... Vários estabelecimentos dizem que a taxa de
administração do cartão de crédito é cara para eles e que eles custam a
receber.
O Sr. João Carlos Nedel: Isso é uma realidade, inclusive nós já
sabemos que há várias empresas de cartão de crédito que já reduziram a taxa,
visando à própria expansão do seu cartão, o que é importante, porque hoje
realmente o cartão dá uma segurança para as empresas. No entanto, ele não está
sendo bem aceito, embora ele esteja até em grande expansão. Inclusive no nosso
Brique da Redenção já existem vários artesãos usando.
O SR. PROFESSOR GARCIA: O cartão de crédito está mais popular
hoje.
O Sr. João Carlos Nedel: Inclusive, lá na Feira da Tristeza, onde
V. Exa. tem muitos amigos, eles já estão aceitando.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Mas V. Exa. foi o autor do Projeto, que
está – desculpe o termo da geração mais jovem – bombando. Parabéns pela sua
iniciativa.
O Sr. João Carlos Nedel: Mas temos que realmente aprofundar esse
assunto, para beneficiar a sociedade. Meus parabéns a V. Exa.
O SR. PROFESSOR GARCIA: É verdade, porque, este ano, por
exemplo, na Feira do Peixe, no bairro Restinga, foi também utilizado o cartão,
mostrando que, cada vez mais, todas as classes sociais estão tendo acesso ao
cartão de crédito. Acho que esta é uma boa discussão, porque o que nós temos
que perseguir, na realidade, principalmente dos bancos privados, é a diminuição
dos juros, que ainda são abusivos. Isso é incompreensível. Eu tenho certeza de
que os bancos privados só vão baixar os juros em função dos bancos públicos. A
Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banrisul reduziram de maneira drástica,
e os bancos fizeram uma pequena diminuição e estão dizendo que vão esperar como
é que fica o movimento. Pô, eles não querem perder nunca, tchê! Aí, se dá uma
migração enorme dos correntistas para outros bancos, e eles começam a reclamar,
mas, na realidade, esse Projeto traz, aqui na Casa, essa possibilidade de
discussão. Mas, eu volto a dizer, na maioria dos estabelecimentos que eu
conheço, que frequento, quando não recebem cheque ou não recebem cartão de
crédito, normalmente eles já dizem, e não há a questão do constrangimento, de
se aquele usuário que foi ali e não tem, é resolvido de uma maneira ou de
outra. A Lei traz, mas tem que haver fiscalização, porque, às vezes, nos criam
algum problema. Mas eu acho que o grande mérito é que possamos, aqui na Casa,
discutir a questão, principalmente dos cartões de crédito, das altas taxas de
juros e de administração que eles cobram na nossa Cidade, no nosso Estado e no
nosso País.
O
Ver. João Antonio Dib é da Comissão de Finanças e Economia, sei que teria grandes
subsídios para trazer sobre esse assunto.
Então,
de maneira fraterna, eu termino aqui, Presidente, mas quero dizer que nós temos
que combater, cada vez mais, para que diminuam as taxas de administração,
diminuam esses juros abusivos e, com letras garrafais, quero dizer que o que
eles fazem para a população, na realidade, é uma grande extorsão. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, quero, aqui, rapidamente, fazer um agradecimento ao Ver. Sebastião
Melo e ao Ver. Luiz Braz e comunicar o seguinte: a CUTHAB vem trabalhando, há
muito tempo, na questão dos táxis de Porto Alegre, e resolvemos que, na
terça-feira, faremos uma Reunião Conjunta sobre essa situação da previsão que
existe de paralisação dos táxis no dia 21. Então, será uma Reunião Conjunta -
CUTHAB e CCJ - para tratar deste assunto. Obrigado.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu havia solicitado
recurso à decisão de V. Exa. sobre a minha Questão de Ordem, recurso ao
Plenário. Evidentemente, neste momento, não estamos mais na Ordem do Dia, não
haveria quórum para a Ordem do Dia, mas eu quero lembrar a V. Exa. que está me
devendo esta decisão sobre a Questão de Ordem - está me devendo isso ainda. Eu
já havia solicitado na segunda-feira.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O.k.
Ao longo da Sessão, eu já lhe dou a resposta.
O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr.
Presidente; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos assiste nas
galerias e pela TVCâmara, senhoras e senhores, venho a esta tribuna, no período
de Pauta, tecer comentários com relação ao Projeto de Lei do Legislativo nº
060/12, com considerações do Ver. Professor Garcia, que obriga os bares e
restaurantes que não aceitarem pagamento por meio de cheques ou cartões de
débito ou crédito a fixar, na porta de entrada de seus estabelecimentos, placa
contendo informação sobre a não aceitação dessas formas de pagamento. É um
Projeto de autoria do Ver. Bernardino. Eu quero concordar com o orador que me
antecedeu, dizendo que, inclusive, alguns estabelecimentos já se utilizam dessa
prática, Ver. Paulinho Rubem Berta. Por exemplo, o posto de gasolina,
geralmente, tem uma bomba, que não aceita o cartão de crédito, justamente por
aquilo que o Ver. Nedel, quando fez um aparte, mencionou: existe uma taxa de
cobrança, uma taxa de administração.
Então, nada mais justo de que um cidadão,
quando está indo a um bar, ou indo jantar com a sua família, não seja
surpreendido, na hora de pagar a conta, no sentido de que, quando ele for se
socorrer do cartão de crédito, talvez por não ter dinheiro vivo, fique sabendo
que só poderá fazer a refeição naquele restaurante se ele tivesse o dinheiro,
porque o restaurante não vai aceitar cheque ou cartão.
O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Eu quero agradecer a V. Exa. e dizer que sou totalmente favorável.
Mas quero colocar aqui, rapidamente, alguns motivos pelos quais sou favorável:
hoje, a nossa Cidade não é uma das mais violentas do País, mas tem a sua
violência. Nós sabemos dos riscos que corremos quando andamos com dinheiro em
espécie no bolso. Em qualquer local, restaurante, posto de gasolina, quando nós
tiramos dinheiro do bolso, aguçamos a cobiça de muitas pessoas. Nós sabemos que
isso é muito perigoso. Quero deixar aqui até um conselho aos donos de bares, a
todos aqueles do comércio que ainda não aceitam: que passem a aceitar. Com
isso, o seu movimento vai aumentar, porque hoje é muito mais prático, mais ágil
e vem ao encontro da necessidade da população, andar, cada vez menos, com
dinheiro no bolso. Vai facilitar a vida de uma dona de casa, de todos nós, na
realidade. Então, eu quero parabenizá-lo e dizer que é um excelente Projeto,
que me somo a ele no sentido de que nós façamos valer que o cartão seja aceito
em todos os lugares.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Muito obrigado, Vereador. Então, ainda
fazendo considerações, eu quero dizer que é importante que nós possamos ter
iniciativas como essa no campo do Direito de Defesa do Consumidor. Eu quero
dizer aqui que também tive oportunidade, no mandato passado, de aprovar um
Projeto semelhante, que também agrega valor e respeita o consumidor – um
Projeto de Lei que reduziu o tempo nas filas de banco para 15 minutos, em Porto
Alegre. Então, como nós sabemos que a função do Vereador é legislar e
fiscalizar, e que, no âmbito municipal, existem muitas restrições de origem
quanto à legitimidade do Vereador estar propondo um Projeto, eu quero dizer que
este é um Projeto que cabe bem na Pauta da Câmara. Tenho certeza de que ele
deve ser aprovado. Vamos estar acompanhando.
Então,
tecendo essas considerações hoje aqui, concluo a minha intervenção no período
de Pauta. Pela atenção, muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Waldir Canal está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. WALDIR CANAL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
aproveitando o tema que me antecedeu, na fala do Ver. Márcio Bins Ely, quero
falar também sobre a questão do consumidor, que acaba sendo afetado em parte
ou, dependendo da situação, muito afetado, que é a questão dos supermercados
que continuam – não todos, há supermercados que mantêm funcionários acomodando
as compras dos seus clientes nas sacolas – insistindo em não ter uma pessoa à
disposição do cliente, que vai ao mercado, compra, faz o seu rancho, enfrenta
filas e mais filas; inclusive, há o problema dos idosos, e uma situação
bem conhecida por quem vai ao supermercado: uma situação desagradável em que o
funcionário do caixa acaba fazendo o serviço de caixa e de empacotador.
Inclusive, há uma matéria no jornal Correio do Povo, desta quarta-feira, que
fala: “Acumular funções é ilegal”. Chama-me a atenção, ao ler essa matéria, o
que está aqui (Lê.): “Leis trabalhistas vedam o exercício simultâneo dos cargos
de caixa e empacotador no comércio”, matéria de hoje; fala-se também da
fiscalização do Ministério do Trabalho, de vários órgãos que são responsáveis
pela fiscalização com respeito ao trabalho, que são contrários a essa prática,
e aqui, no Município, nós temos uma Lei, de autoria do Ver. Nilo Santos, que
está em vigor, a Lei nº 11.130, de 19 de setembro de 2011 (Lê.): “Obriga os hipermercados, os supermercados e similares
a realizarem o serviço de acondicionamento das mercadorias compradas pelos seus
clientes e dá outras providências”. Então, nós temos aqui essa regulamentação.
Venho a esta tribuna, porque chamo a atenção de que o consumidor tem sido, de certa
forma, prejudicado, ocupando um posto de trabalho, que poderia estar sendo
ocupado por outra pessoa, gerando renda, gerando emprego. Muitos supermercados
não respeitam a legislação municipal, tampouco a fiscalização da Secretaria
Regional do Trabalho. O Ministério Público do Trabalho também está atento a
essa prática que, com certeza, não é aprovada por nenhum de nós. Eu sou usuário
de mercados, supermercados. No fim do mês, em época de pagamento, então, a fila
dobra, as pessoas ficam impacientes, há muita gente com carrinho cheio, e está
lá o caixa fazendo serviço de empacotador. O cliente é que tem que empacotar a
sua compra; quer dizer que ele está pagando e trabalhando para o mercado. Então é
complicada uma situação dessas. Chama a atenção essa matéria do Correio do
Povo.
Venho a esta tribuna registrar isso, porque há
uma Lei Municipal. A SMIC tem que agir; os órgãos estabelecidos têm que
fiscalizar, porque o consumidor não pode ser penalizado com a espera, com a
demora, pois o prejuízo é grande. Temos que estar atentos a essa situação e
fiscalizar para que essa Lei não fique no papel. Estou aqui reivindicando e
cobrando da SMIC uma posição no sentido de ir fiscalizar e cobrar que essa Lei
Municipal seja atendida no Município de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, quero aproveitar para falar sobre dois Projetos de nossa autoria
que estão em Pauta. Ver. Valter Nagelstein, quero contar com seu apoio nos dois
Projetos, mas, com relação a um deles, V. Exa. vai nos apoiar, com certeza. O
que estamos vendo em alguns restaurantes e bares de Porto Alegre não ocorre só
aqui. Eu passei por um constrangimento em Atlântida, na galeteria que talvez
seja a de maior status de lá, que não
recebe pagamento por cartões de débito e crédito. Aqui, em Porto Alegre, em
vários restaurantes, Ver. Tarciso, não são aceitos pagamento por cartões de
débito e crédito. Na maioria das vezes, isso traz um certo constrangimento:
entrar em um restaurante, fazer a refeição e, no momento de pagar, dizerem que
não aceitam pagamento por cartões de débito e crédito, só por dinheiro ou cheque.
O que nós queremos com esse Projeto? Não podemos obrigar os estabelecimentos a receber os
seus pagamentos através de cartão, mas nós podemos regrar o comportamento, ou
seja: se não receber o pagamento com cartão ou cheque, coloque um aviso, de 50
por 50 centímetros, na porta, no mínimo. Não tem problema nenhum, mas não
constranjam os seus clientes, depois de eles consumirem, na hora do pagamento,
informando que não aceitam pagamentos com cartão. E aqui tem uma churrascaria
bem famosa, que eu não vou citar o nome para não fazer propaganda, que tem um
aviso, sabem onde? Em cima do caixa, e o caixa fica no fundo do
estabelecimento. Como é que alguém vai entrar num restaurante e vai ficar
procurando um aviso afixado na parede para saber se pode fazer pagamento com
cartão de crédito ou débito? Vejam que coisa louca! É o pagamento mais seguro
que há: não sofre assalto, não tem o problema de o dinheiro ser falsificado,
não tem problema nenhum, é o pagamento mais seguro que há. Claro que nós
sabemos que muitos não estão trabalhando com cartão porque, com cartão, vamos
combinar, o fisco pega! Eu estou propondo que esses restaurantes coloquem um
aviso na porta de entrada de, no mínimo, 50 centímetros por 50 centímetros,
dizendo: “Nós não aceitamos pagamentos com cartão.” Pronto! Para não
constranger os seus clientes. Até porque estamos indo para um momento em que o
dinheiro de papel vai terminar. Nós vamos trabalhar, única e exclusivamente, no
futuro, com cartão.
O Sr. Valter
Nagelstein:
V. Exa. permite um aparte?
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Dou-lhe um aparte, Ver. Valter Nagelstein,
ex-Secretário da SMIC – hoje com um penteado bonito, novamente; aliás, ontem
também estava.
O Sr. Valter
Nagelstein:
Muito obrigado. Quando o senhor disse que foi a uma das melhores galeterias de
Atlântida, achei que não poderia ser em outro local, pois V. Exa. só frequenta
bons locais.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: É verdade. Principalmente quando nos convidam e
pagam a conta.
O Sr. Valter
Nagelstein:
Eu já tenho o costume diferente: acabo sempre pagando, Vereador. Não sei o
porquê.
Eu penso que o seu Projeto é positivo, e iria
além, se me permite: penso que nesse espaço devemos comunicar tudo o que é de
interesse público. Temos que dizer que naquele local é fumo zero, que não se
permite o consumo de substâncias fumígenas. Temos que dizer essas condições, da
mesma forma que nós já obrigamos que no balcão haja um exemplar do Código de
Defesa do Consumidor. Portanto, quero cumprimentá-lo e sugerir que consigamos
ir ainda alguns passos além. Muito obrigado.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: A Emenda ou as Emendas ao Projeto, com certeza,
vão ser de V. Exa., que está convidado, desde já, a fazê-las antes que o
Projeto passe pela CCJ, para que possamos ver o Projeto tramitando já com as
ponderações que V. Exa. fizer, com conhecimento de causa, porque foi Secretário
da SMIC, assim como foi o Ver. Idenir Cecchim.
Também volto à tribuna para defender outro
Projeto, Ver.ª Maria Celeste: o vencimento do IPTU. Aqui em Porto Alegre, com
desconto, ele tem vencimento no primeiro dia útil de janeiro. Isso é uma coisa
que não consigo entender, sinceramente, por que um tributo vai vencer no
primeiro dia útil depois de um feriadão? Não tem como. Nós precisamos
contemplar as pessoas que recebem o seu salário, os seus proventos, a
aposentadoria, lá no quinto dia útil. Não podemos deixar essas pessoas de fora
e não podemos trazer todo esse transtorno àqueles que pretendem honrar os seus
compromissos.
O
Sr. Idenir Cecchim: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Obrigado, Vereador. Estava aqui, ouvindo-o atentamente, o senhor, que
é um homem preocupado com esse tema há muito tempo. V. Exa. tem tentado
aprovar, já aprovou algumas coisas, e queria lhe fazer uma sugestão: que o
senhor já peça apoio para aprovar o Projeto, e já emende pedindo apoio para
derrubar o Veto.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Mas tenho certeza, é um ano eleitoral, as coisas
vão mudar. E o projeto do parcelamento do ITBI era assim... apanhei tanto,
tanto... Lá pela quarta vez nós aprovamos, e, agora, é um sucesso. Então, eu
quero, mais uma vez, apelar aos colegas Vereadores, para que votem neste
projeto que é a troca do vencimento do IPTU, com certeza absoluta de que a
Prefeitura vai aumentar a receita e nós vamos contemplar, dar condições para
mais pessoas usufruírem desse desconto com o vencimento não mais no primeiro
dia útil de janeiro, que traz uma série de desconfortos, e sim com o vencimento
lá no sexto dia útil, Ver. João Bosco Vaz - tenho certeza de que V. Exa.
vai votar novamente com o nosso Projeto. Depois disso, tenho certeza de que os
próprios cidadãos de Porto Alegre vão cumprimentar os Vereadores, como fizeram
na votação passada. E nós não vamos mais divulgar a votação dos Vereadores que
votarem contra, porque é um ano eleitoral e aí é muito pesado, muito ruim.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Eu queria aproveitar a oportunidade para saudar
a presença do companheiro Christopher Goulart. Seja bem-vindo!
O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Valter Nagelstein está
com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Encerrada a discussão de Pauta.
Não há
mais inscrições em Comunicação de Líder.
Não havendo mais nada a tratar, estão encerrados
os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h24min.)
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